domingo, 26 de abril de 2009

entre-linhas por aí

morrer na praia
morre o peixe. Canastra que é canastra não morre, dorme de porre; renasce a cada dor, troca de pele. Esquece o que convir, relembra sem existir. 
Inventa. 
Sobrevive na
selva de
pedra.
Cidade-Grande-Grande-Cidade, nada como um dia após o outro depois de outros tantos como os que já ví.



sábado, 25 de abril de 2009

Bio gra fia

O tempo passa e as palavras cada vez mais me faltam. Cada vez mais me aquieto com o que ja está.
Certo, errado...
apenas o é.

Apenas receio que o fim não esteja. 
Que não seja. 
Que não haja. 

Seja Rei, seja Canastra; quem sabe Maestro. 
O dia acaba para todos, 
então o dia nasce de novo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Biografia cantada, parte 3

Linda
de pranto sutíl,
carregas o oposto do anil e de pompa cansada sorriu.

Linda,
além dos poucos versos que me restam
também trago calma gentil
de um ombro calado
pouco acostumado a lábios de seda
sem hora e certeza
sem dia sem alvorecer.

Não vais t'imbora assim tão depressa
a bela e a fera hão de formar um par ao fim.

Não vês que tudo é de repente?
Ganhar ou perder já não bastam
à mim.

Biografia cantada, parte 2

Prevejo o que se sente
Prevejo o que tu sentes
quando os olhos teus
encontram um horizonte só meu.
Enfim.

Ao par:
o mundo!
Mas o mundo há de encontrar
o par;
Enfim.

Biografia cantada, parte 1

Da lua que sobe ao céu
Do brilho que permeia o mel do mar
Da Beira-Mar

Das estrelas que estão ao chão
que correm no seu vai-e-vem
que correm até seu portão,
seu céu

Anuncia o fim do dia
Anuncia o calor do lar