quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Se a loucura me toma, me abraço e me cego. Sigo em frente na loucura, somente em três, quatro, ou sozinho.
Quando a loucura me toma, aí me revelo a mesma fotografia gasta; nova ao desacostume da massa.
Vem a loucura e me embriago em desejo, e me largo do corpo. E me lanço às espadas. E cravo no peito desde a primeira flecha, à última.
Aí, como todos, a loucura cansa e vai descansar num canto do meu quarto. Me sento na cama, me ouço.
Percebo que nada mudou; continuo o mesmo e me levo na mesma estrada.

Tem dias que de tão pequeno nem me encontro; já n'outros sou tão maior que minha estatura que nem me caibo, aí que sufoco.
Uma pena estarmos presos a só um corpo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Desvira, fumaça. Desvira.


Desvira, fumaça. Desvira.
Upload feito originalmente por Amnesiac.
Muito do que se sabe, pouco se soube;
por toda aquela estrada só se ouvem dois berros:
ao Norte da criança que chora
ao Sul do senhor que dorme.