quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Não é mesmo?

Só quem amou como amei, e perdeu como perdi, pode conseguir pensar que isto não é fraqueza, não é saudade, não é coisa alguma que vontade de não ter amado como amei e ter perdido como perdi, e ter passado o tempo, desde então, como passei.

Mas essas coisas nós não controlamos, não é mesmo?

Mas também não é descontrole. É saber que essas coisas acontecem, não é mesmo?

Mas também não é conformismo. É saber que...

bem,

apesar de tudo isto, não é fraqueza, mas me sinto fraco;

e apesar de tudo isto não ser saudade, tenho saudades.

Mas também não é fatal. É saber que isso é a vida, não é mesmo?

Mas também não é só um dia após o outro, é um dia após todos os outros dias, e cada vez é um dia após mais dias; e é saber que, apesar de todos estes outros dias, outros tantos dias vão nascer, e apesar de tudo isto:

da fraqueza

da saudade

haverão dias bons. E isto é saber que isso é a vida, não é mesmo?

E talvez,

talvez,

eu esteja simplicando demais uma coisa complicada demais.

É que nunca, nunca vai ser o mesmo. Aí prefiro levar como se fosse da simplicidade que se vive.

Pois é simples o amor, apesar de suas complexidades, é simples.

Não é mesmo?