quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Memórias de um Maestro

Chegamos em casa e fui tomar banho. O dia estava quente e uma ducha gelada antes do filme ao ar livre previamente combinado cairia bem para mim e para ela.
Foi ducha rápida; lavei os cabelos, o corpo, as partes. Fechei a água, sequei-me e, por vício da vida, saí apenas de toalha para vestir-me em meu quarto.

Vou explicar:
a casa era simples, de madeira. Eu estava ali há pouco tempo, e depois de te encontrar na viagem, esta era a primeira vez que havíamos nos reencontrado. Marcamos de assistir a este filme que ambos estávamos conversando de assistir, curiosos da história e dos traços do desenho.

A casa era simples:
logo que se entrava, a cozinha. A cozinha dava para um dos quartos, para a sala, e para o único banheiro.
Saí do banheiro e dei de cara com você lavando a louça em graça de mulher feita.
Eu, homem, vendo mulher desejada lavando minhas louças sujas, sorrindo e dizendo:
- Não suportei e lavei!
Não aguentei.
Traí minhas idéias e nem me lembro direito como começou.
Seu sorriso foi, além de todo teu corpo, decisivo. Foi a prova de que também querias o que tanto havíamos esperado.

Vesti-me, descemos ao filme, encostamo-nos, no chão, um no outro.
Foi realmente um belo filme, até o fim.
Aí o fim;

eu,
aqui.