segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Biografia apagada.

Hoje eu faxinei a casa.
Troquei os lençóis, as fronhas. Mudei o colchão de lado.
Limpei o banheiro, troquei o desodorante do sanitário, lavei a pia, o chão.
Daí varri o chão do quarto. Passei pano húmido com tudo que pode desbacterizar o lugar a curto e longo prazo.
Arrumei o armário de roupas e a despensa da comida.
Concertei o que estava quebrado. Joguei fora o que estava inutilizado. Rearrumei o que estava desconcertado.
Então fui cozinhar o almoço;
depois lavei a louça.
Pus tudo, tudinho, no lugar. Minha casa, depois de tanto, está arrumada. Antes eu tava até desconcertado, tamanha a bagunça.
Agora ta tudo, na casa, arrumado. Talvez agora eu possa começar a pensar em fazer da rua um acaso. Quem sabe eu até possa rearrumar a bagunça da vizinhança, sem me preocupar em estar do mesmo lado.
Minha casa está, enfim, arrumada. Quem sabe, finalmente, minha grama fique como que milagrosamente mais verde que a grama do lado.
Ainda mantenho um cartinho da bagunça, para de vez em quando brincar de ser confuso e relaxado. Mas o quarto é pequeno e muito pouco usado. Deixei assim mesmo, dá um charme, um jingado.
Mas a casa, prometo, está em pé e saudável.

Com amor,
Rei.

Obs. Desculpe essa última carta, foi impensado. Quando eu voltar, vou correndo te avisar.

2 comentários:

Maika Pires Milezzi disse...

Yuri, eu adoro tu.
És uma parte quase que perfeita pra pencher uma lacuna de mim.
Chama "lacuna amigo" talvez seguida de algum número (lacuna amigo 34**), já que não é a única desse tipo.


.

Don disse...

gosto dos seus textos (:
(não precisa retribuir o elogio, meus textos estão saindo cuspidos ultimamente, forçados... não-bons :/ )