terça-feira, 24 de março de 2009

O analista de expressões

O cotidiano me fez analfabeto.
A pressa
A pressa pela perfeição.

A perfeição
A perfeição que me apressa.
Me suga, me sufoca em abraço em "Bem-vindo ao novo dia". Mas e chega outro,
e outro. E outro, de novo.

De um frio que faz da gota, 
adaga.
A última gota não dói.
Rasga, mas não dói. Mata.
Mas morrer,
de novo,
não dói.

Não sou gato de sete vidas. Sou gente,
que como toda gente,
tem mil eu's ao mês. A cada dia, ao menos três.

O cotidiano me fez analfabeto;
e analista de expressões.

2 comentários:

Maika Pires Milezzi disse...

lindo. =)
precisando de coisas bonitas na vida. Acho que voltarei a frequentar esse lugar.

Maika Pires Milezzi disse...

ah.. lindo o texto.. antes quem comeces a ta achar. :P
(essa gente idiota que deixa dosi comentários só pra dar esperanças falsas aos pobres blogueiros.rss)