Não consigo dormir. Minha fome desvirtua qualquer pensamento que me leve à algum estado de relaxamento. Não adianta, não consigo dormir. Já passei das 22 horas às 2 da manhã dormindo, me acordei de susto por pesadelo recorrente e agora já não consigo mais dormir. Não adianta, não importa o quanto eu tente, ou quantas ovelhas passem pelo maldito cercado, não adianta, só penso se elas estarão bem do lado de cá, ou do lado de lá, ou se irão conseguir pular todas a tempo de cobrirem-se da tempestade que cerca a minha paisagem outrora de Sol e poucas nuvens charmosas e delicadamente desenhadas.
Não consigo dormir. Olho pela janela e vejo a luz do poste. Olho pela janela e velho a escuridão da madrugada. Olho para a janela e penso que devo limpá-la amanhã. Sinto um vento frio entrando pelo quarto; levanto-me para fechar o vidro fosco, fechar a cortina laranja; aproveito e pego mais uma coberta, meus pés estavam frios e talvez por isso eu não esteja conseguindo dormir.
Não consigo dormir, e já são 4 da manhã. Viro-me prum lado, viro-me pra outro. Minha coluna dói de estar deitado tanto tempo e me sento para assistir alguma coisa em meu notebook. 5 da manhã e minha coluna incomoda por eu estar a tanto tempo de mal jeito, e me deito novamente. 6 da manhã me viro contra o notebook, passei tempo demais na mesma posição e sinto meu corpo relaxar. 7 da manhã e o sono começa a nascer junto de uma luz incômoda, natural. 10 da manhã e meu celular desperta, e me fez despertar de um sono de sonhos estúpidos e utópicos.
Agora não importa, quero dormir.
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