quarta-feira, 18 de junho de 2008

Entre linhas, dois;

O carinho quando encrusta, não prende: Vira pedra.
O sorriso quando some, não se esconde: Vira pelo avesso.
O avesso quando desvira, não vira o que sonhamos, vira o que somos.
Vira o tanto que restou, o que sobrou.
De tudo aquilo que eu sou,
então, o marasmo que criou,
cercou.

Cuidado!
Cercado? O mais próximo que chego é de palhaço
ou de fugitivo cheio de cordas e laços,
sem traços,
nem braços fortes o bastante para um abraço.

Atenção, atenção!
Me chamam por nomes sem um mínimo de respeito
nem correção!
Chamam por nomes que nem sei o que são,
nem o que significarão quando atingirem,
mutilarem,
desbravarem meu pulmão,
meu coração,
meu lugar de emoção, sem comoção digo eu.

Digo eu:
Que bagunça é essa em que me puseram,
para qual me arrastaram,
para qual me mostraram?
Quem ouvir de minha boca "pedi", me interne!
Me congele em câmaras escondidas a léguas de milhas de kilômetros de distância de mim mesmo.

Um comentário:

Unknown disse...

Caralho.........(eia...olha o palavrão...)

Eu sou mesmo um sentimentalista babaca....

O teu texto me deixou lacrimejando.....e nem me pergunta porquê

...eu vou lá saber....

tá muito bom o negócio....

"Cuidado!
Cercado? O mais próximo que chego é de palhaço
ou de fugitivo cheio de cordas e laços,
sem traços,
nem braços fortes o bastante para um abraço."

Comentando de uma câmara escondida........a léguas de milhas de kilômetros de mim mesmo......O mais próximo que qualquer um já chegou...