quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nem eu creio que escrevi sobre amor.

Amo porque amo. Haveria de ter outro motivo, que não o de que, na realidade, não amo?
Pois não,
não amo.
Isto é certo,
isto é tudo!
Mas amo,
pois não amo.
Amo por amar;
não por isto,
por tudo;
amo por amar é o amor,
não por amar tu
ou ciclano.
Amor porque,
em rima fácil,
é como entregar-se ao mar:
a gente nunca sabe se volta, mas sempre vai sabendo que vai voltar.

Amo por amar,
oras!
Se fosse para dar razões
eu lhe diria:
te raciocino;
estarias para sempre
em meu lado esquerdo
do cerebelo.

Amo a quem?
Amo aquém.
Ou a quem quiser.
Já nem sei quem
mais além de mim
anda possuindo a
insensatez desta façanha.

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