eu,
o que sempre invalidou o amor,
estou aqui
nesta noite
para dizer:
de ti que tirei os olhos,
os meus.
de ti que arranquei as pernas, uma vez que tivesse resolvido ir tão longe,
fique com as minhas.
a ti,
de uma vez que quis abraçar,
quebrei os braços em reação assustada.
paraste de tentar me sufocar,
ao menos; de correr mais que eu. de não me ver.
parei de lutar, tirei férias. férias de ti,
de mim.
eis então que uma bela manhã de noite não dormida a música tocou meu corpo dançou e da dor dos pés esqueci completamente de tanto torpor pelo transbordo d'alma.
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