quinta-feira, 11 de março de 2010

Carta

Não que eu queira lhe ferir, mas este estilhaço passeando por seu corpo é propositalmente para lhe provir a dor. Não, nunca vou me esquecer de nossas notas musicais em terças e quintas, e tampouco vou cantá-las. Não há porque deixar a hipocrisia me tomar, se já tomaste todas por solidão em apenas um gole. Haverá, deveras, de entender. Haverás que, por conseguinte, permanecer calado, sem dar nenhum passo. Terás que sofrer, por mais que não queira que sofras. Terás que me olhar, por mais insignificante que sejam as trocas de olhares. Vais te deixar cair em tentação em me falar, e vais te lembrar que já te pus em teu lugar.
Não me leve a mal, negócios são negócios, e o resto que nos seja a parte. Não fique mal, negócios são negócios, e que tudo que nós vivemos esteja à parte.

Com amor; nem o chão, nem o céu. Mal sou meu e ainda queres que seja teu...

Nenhum comentário: