domingo, 27 de fevereiro de 2011

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Nunca entendi direito o trânsito dessa cidade. Nunca me pareceu coeso, e muito menos seus motoristas, tão certamente apontados por eles mesmos como os melhores motoristas do país. Ah, este orgulho regionalista...!
Para atravessas minha primeira rua já quase fui atropelada umas tantas vezes. Sempre por meu sempre excesso de atenção, claro. Sinal vermelho, passo adiante. Sinal vermelho, passo adiante. Sinal vermelho, passo adiante, Sinal vermelho, passo... sinal vermelho, passo...
dias e dias assim, como todos. Como todos, sempre. Sempre, como todos os dias de minha nova velhice, onde me dou o prazer da caminhada das seis horas da tarde, onde o Sol baixa e os carros fazem companhia ao jogo de luzes deste pôr-do-Sol tão apontado por estes mesmos regionalistas como o mais belo pôr-do-Sol do mundo.

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