Se você me deixasse molhado um quarto de como essa chuva me deixou, meu bem... seriamos feitos um para o outro. Mas não, não consegues mexer com meus instintos como tantas, tantas outras já fizeram.
Não sou um Canastra difícil de se agradar. Talvez tenha meus limites e pesares, mas apesar disto e do outro ainda sigo um homem com suas necessidades. Tua vergonha de me ter deveria ter vergonha de si mesma.
Até mesmo esta água quente, pós-chuva de verão, me dá mais prazer que teu toque. Como pode ser isto? Não creio ser culpa tua. Quem sabe pode ser culpa minha. Ou teu nome, ou minha estatura, ou tua alma, ou minha alma suja.
Até mesmo esta alcólatra cantando em plenos pulmões dá-me mais vontade de seguir ouvindo o que tenho eu mesmo a dizer para mim mesmo que teus ganidos contidos por tremilicos em corpo todo. Descontenha-se, mulher!
Acho que a culpa é desta sua falta de se querer, pois dá-me falta em te querer, por mais que tanto te queira! Como pode ser isto, então? Não sei. Não sei. Mas sei disto tudo, então talvez eu esteja sabendo bem demais para quem se acha pouco entendedor disto tudo.
Disto tudo...
estranho.
"Disto tudo". Disto tudo?
Disto tudo o quê, mesmo?
Deste meu cansaço de ti ou destas suas insinuações invólucras em meu corpo. Não entendes. Não consegues entender, não é mesmo? Tenta limpar minh'alma, ao invés de lamberes meu corpo todo. É disto tudo que preciso me livrar. Desta sujeira toda. Destes suores de gente aquém a ti.
Nunca pensei em alguém como um Canastra dizendo o que digo.
Imagino que aconteça.
Imaginas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário