segunda-feira, 28 de abril de 2008

Biografia?

"É da incerteza, pois", pensava. As certezas me levaram por caminhos, mas essa incerteza... essa incerteza menospreza a minha capacidade de auto-váriascoisas.
É quando nem a marca de papel-higiênico consigo escolher, que procuro a cura da loucura: alguém que a entenda, que a suporte, que a enfrente e, mesmo assim, se comporte.

- Bom-dia - ela ia dizendo, com seu óculos refletindo o meu sentimento de "quem é ela? o que ela faz? que posição ela prefere? os cabelos pretos são tingidos ou ela é tão fingída que nem isso tenta esconder?".
- Bom-dia - eu disse.
E uma hora foi-se. Não sabia para onde olhar mais, nem sabia se devia olhar nos olhos. Os olhos me lembravam minha mãe: carentes, afetuosos, gentis, interesseiros. O corpo lembrava minha ex, e minha ex-ex, e assim por diante. Sou do tipo que congela no tempo, que prefere o time que ganha e fica com ele enquanto ganha. Pena que ele nunca ganhou, mas insisto ferrenho na idéia de que a fórmula é infalível: um dia racha.
Um dia, quem sabe.
Por isso mesmo marquei outra consulta para a próxima semana. O que me deixava extremamente... como dizer... "patético". É, isso mesmo: patético. Definição perfeita, e concordo comigo mesmo em número, gênero e grau - mesmo sem saber, ou lembrar, o que exatamente isso quer dizer, sempre detestei matemática.
Sempre detestei o que não posso entender. Mas não, não me detesto.
De acordo com aquela máxima de alguém: para toda regra há uma excessão. Né?

Passou Quinta, passou Sexta e lá veio o sábado. Maestro ficou de fazer um jantar para um amigo nosso que estaria de aniversário na Segunda, então lá fui eu, mais outra e nova vez.
O jantar foi bom. Aliás, ótimo.
Mas o que riram de mim... não foi pouco. Nunca entendi: um quer um restaurante na praia, achar uma nativa e viver para sempre feliz e simplesmente. Outro apaixona-se até mesmo por um poste.
Mas ninguém ria, ninguém podia rir. Eu, que sempre fui o mais centrado, sempre fui o mais escrachado. Te dizer, viu?
Mas fomos embora cedo, o astral do aniversariante estava pior que... bem, o meu, que... bem estava quase tão ruim quanto do Maestro.
Então fomos embora curtir a foça na maior felicidade e prazer.

Então chegou Quarta.
Patético, eu sei. Mas saí de lá feliz, brigado e sem encontro marcado.
Então chegou Quinta, Sexta... e veio chegando, chegando... e sabe o que eu descobri?
Nada.
Abosultamente nada.

Um comentário:

Maika Pires Milezzi disse...

eu tenho um link.. ÊEÊÊÊ