terça-feira, 29 de março de 2011

Do desmedir

Entorpecem-se todos à beira do marasmo,
na beira da beira
(não do abismo, veja bem)
de si. Quantos e quantas possuem
o medo
de si...

Não,
eu não tenho o medo. Não é esta a questão -
ou não disto, digo.
Eu possuo o contra-medo,
o não-medo,
o desmedir. Pois não, não me meço -
ou não te mereceria, não é mesmo?
Tenho a ti. O desespero calmo de sair daqui.
E a eterna fome pelo retorno.

Aí então me entorpeço;
sou muita informação para mim mesmo.

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